

(Cinnamomum Camphora) - Fonte Internet
A ECT produz uma espécie de "restart" cerebral - "reinicia" circuitos cerebrais, semelhante a "desligar" e imediatamente "ligar" um computador. A ECT reprograma o Cérebro a nível Molecular, o que promove uma ambiente saudável para a comunicação Neuronal e a regulação emocional. A crise convulsiva é monitorada por um aparelho de EEG (Eletroencefalograma), pois a utilização de relaxantes musculares geralmente impede a visualização da crise motora.
A ECT foi modificada e atualizada ao longo dos anos e assim é considerada um tratamento seguro e eficaz, especialmente para enfermidades neuropsiquiátricas graves e que não respondem a tratamentos convencionais.
"Estudos recentes reforçam que a ECT continua sendo o tratamento biológico mais eficaz para depressão resistente, com taxas de resposta entre 55% e 90%, superiores às dos antidepressivos convencionais. Também tem mostrado eficácia na redução da ideação suicida e na prevenção de recaídas." (IA Copilot)
- Psicoses e Transtornos Afetivos na população Geriátrica
- Transtornos Mentais Orgânicos decorrentes de quadros infecciosos e metabólicos.
- Delirium
- Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)
- Síndromes Psiquiátricas Resistentes ( sinais e sintomas de Depressão, Psicose e Agitação/hostilidade) no paciente com Demência
Embora o mecanismo de ação não seja completamente conhecido, há evidências de pesquisas que evidenciam múltiplos mecanismos neurobiológicos para o efeito terapêutico da ECT:
* Altera a densidade e função de receptores de Glutamato e GABA
* Diminui marcadores inflamatórios do Cérebro, como citocinas pró-inflamatórias
* Ação de Modulador Imunológico, reduzindo a neuroinflamação associada a transtornos mentais
* Aumento de BNDF (Fator Neurotrófico derivado do cérebro)
* Aumento temporário de VEGF (Fator de crescimento endotelial vascular), proteina que estimula a formação de novos vasos sanguíneos e também promove a Neurogênese - processo de crescimento de novos neurônios (proliferação de brotos dendríticos)
* Aumento da expressão de GDNF (Fator neurotrófico derivado da linhagem de células gliais), principalmente em Hipocampo, região relacionada ao controle do Humor. Também pode promover a sobrevivência neuronal em neurônios dopaminérgicos e motores.
* FGF-2 (Fator de crescimento de fibroblastos).
* Reduz a sensibilidade de receptores do estresse, como os de Cortisol
* Diminui os níveis de Cortisol em pacientes com depressão, especialmente aqueles com hiperatividade do eixo HPA (Hipotálamo-Hipófise-Adrenal)
* Aumento da conectividade em Hipocampo
* Modulação de ACTH (Hormônio Adrenocorticotrófico) e aumento transitório de Prolactina
* Neuroplasticidade - aumento das fibras musgóides
* Diminuição na indução do gene blc-Xs - responsável pela morte e apoptose neuronal
* Neuroproteção (robustez do citoesqueleto)
* Equilíbrio de Neurotransmissores Serotonina, Dopamina, Noradrenalina e Glutamato
* Redução da concentração de marcadores de degeneração neuronal no líquor de pacientes submetidos à ECT (proteina tau, proteina S-100 beta e neurofilamentos)
* Aumento de ADENOSINA extracelular - neuromodulador que possui efeitos inibitórios sobre o Sistema Nervoso Central, ajudando a reduzir a excitabilidade dos neurônios, o que envolve a regulação do sono, diminuição da ansiedade, neuroproteção e modulação da liberação de neurotransmissores como Dopamina e Glutamato.
É bastante pertinente lembrar que os próprios transtornos mentais - sua severidade, cronicidade, período de tempo sem tratamento e sintomatologia residual - causam prejuízo cognitivo importante e em consequência disso nem todo déficit cognitivo apresentado, após um curso de ECT, é derivado do tratamento. Alguns quadros depressivos são um exemplo importante dessas alterações profundas na cognição (memória) e muitas vezes são justamente denominados de "pseudodemência" - nesses casos a ECT pode melhorar a cognição. O tipo de medicamento utilizado e sua posologia também pode influenciar e causar efeitos colaterais cognitivos.
O procedimento é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Resolução 2.057 /13.
O aparelho atual de ECT é moderno e avançado, produzido especificamente para esta tecnica de Neuromodulação.
A ECT é reconhecida pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
A ECT é usualmente realizada em Clínicas Especializadas e nos principais Centros Universitários do Brasil, como Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ), Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP) e Hospital e ambulatório da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
É também aplicada em vários países como: Estados Unidos (USA), Reino Unido, França, Austrália, Alemanha, Japão, Índia, Suécia, Portugal, China, Canadá, Argentina, Chile, Suíça e outros países ao redor do mundo.
"Apesar do estigma ainda existir na atualidade, é inquestionável que a ECT é uma intervenção eficaz, segura e, muitas vezes, capaz de salvar a vida, principalmente em transtornos nos quais outras intervenções tiveram pouco ou nenhum efeito"
(Livro Eletroconvulsoterapia - Sérgio Paulo Rigonatti, Moacyr A. Rosa, Marina O. Rosa)

1 - Relatório Médico apresentando os seguintes:
A - Patologia de Base (CID da doença)
B - Sintomas alvo para tratamento com ECT
C - Comorbidades Psiquiátricas
D - Número de Sessões e sua Frequência
E - Medicação em Uso e suas respectivas dosagens
2 - Exames Clínicos Laboratoriais:
A - Hemograma Completo
B - Coagulograma Completo
C - Sódio, Potássio, Cálcio {Iônico e total} e Magnésio
D - Uréia e Creatinina
E - Glicemia de jejum
F - Proteínas total e frações
G - TGO, TGP e GGT
H - TSH
I - Radiografia de Tórax *
J - TC de crânio *
* Exames solicitados em casos específicos.
3 - Risco cirurgico
A - Eletrocardiograma (ECG)
B - Risco Cirurgico Cardiológico para Anestesia (ASA)
4 - Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) - Documento que explicita o consentimento do paciente ou responsável legal, obtido antes do início da realização da ECT. O TCLE garante que a participação do paciente é voluntária. (Google)

* A VERDADE SOBRE A ELETROCONVULSOTERAPIA
[ Neste vídeo a psiquiatra Helen M. Farrel relata o caso de uma enfermeira que teve Depressão Resistente ]
* EU TINHA UM CACHORRO PRETO E SEU NOME É DEPRESSÃO
* EFEITO WERTHER: COMO UM SUICÍDIO PODE AFETAR OUTRAS PESSOAS
* O RENOMADO CIRURGIÃO E ESCRITOR SHERWIN NULAND SOBRE TERAPIA COM ELETROCHOQUE
* REVISTA MÉDICA ESPECIALIZADA EM NEUROMODULAÇÃO (THE JOURNAL OF ECT)